Não
gosto de ficar criticando entidades, sejam quais forem, em especial, as
públicas, pois sabemos as dificuldades enfrentadas em diversas áreas.
Mesmo
pensando assim, não vou me furtar a comentar, aqui, o que passei ontem ao
tentar marcar exames de rotina em certa Universidade da região onde moro.
Como
servidora pública, pago, assim como milhares de outros servidores do Estado de
São Paulo, o Iamspe. Este convênio é religiosamente descontado de nossos
pagamentos, variando de acordo com o valor recebido. É descontado do salário do
mês, férias.
Só a
título de curiosidade, vou fazer as contas de um ano de pagamentos a este
Instituto de (des)Assistência ao Servidor Público Estadual. Vou pegar o ano de
2013, que já terminou e desta forma, poderei calcular corretamente.
Paguei
no ano passado pelo convênio exatos R$ 783, 76. O que usei deste convênio no
ano anterior? Uma ou duas consultas com a ginecologista. Exames, não fiz,
porque paguei, justamente para não perder dia de trabalho indo até a referida
universidade, onde se vai um dia para marcar, outro dia para se fazer o exame.
Este
ano, 2014, não fiz nenhuma consulta. Agora foi a primeira, na qual a médica
solicitou exames de rotina. Consegui marcar somente um. Os outros dois: uma
ultrassonografia transvaginal e uma outra de mamas. Estes dois seriam marcados
no mesmo lugar, da referida universidade. Resposta das atendentes deste setor,
quando tentei marcar os exames:
- Só
tem vaga para 2015.
-
Não tem agenda aberta para 2015.
- A
agenda de marcação de exames fecha em março, depois não se marcam mais exames.
- Se
eu quisesse poderia procurar uma CEAMA, que só tem em Bauru ou Sorocaba.
Se
para os funcionários públicos, que estão pagando pela saúde pela segunda vez,
não tem exames básicos... imagine para o restante do povo. Por que pagamos pela
segunda vez?
Porque
primeiro pagamos todos os impostos embutidos em todos os produtos que
consumimos, parte destes impostos vão para a saúde.
A
segunda vez pagamos ao pagarmos o convênio, por acreditarmos que teríamos uma
saúde um pouco melhor... Ledo engano!
Como
conseguimos marcar exames nesta cidade? Só se estivermos dispostos, e pudermos,
pagar pela terceira vez os preços cobrados pelas muitas clínicas e laboratórios
particulares.
Detalhe:
moramos na cidade, onde existem mais médicos por habitante do Brasil.
Mais
uma ponderação. Diferença entre um convênio particular e um público?
Bem,
no convênio particular você tem regras no contrato assinado por você, tem uma
agência reguladora, tem a ouvidoria do convênio, que tenta resolver o seu
problema.
No
caso do Iamspe... reclamar para quem?
Já
tentei reclamar a respeito de cotas para consultas para a Ouvidora da referida
universidade. Sabe o que ela disse? Não tem o que fazer. Faltou me dizer: “Vá
reclamar ao Bispo!”
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