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Mostrando postagens de junho, 2011

João Delfiol Construções

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RETROSPECTIVA DO BLOG

Criado com o Padlet

Algumas palavras sobre leitura

Acabo de assistir uma reportagem no Jornal Nacional, dizendo que um dos quesitos que mais reprovam candidatos a vagas de emprego é justamente a nossa Língua Portuguesa. Até mesmo universitários dos cursos de Jornalismo escorregam na hora de redigir em Português, mesmo falando inglês fluentemente. Cometem erros de ortografia, entre outros. Um dos estagiários, que conseguiu emprego, é um leitor assíduo, pois lê no ônibus, no caminho para o trabalho, lê em casa, ou seja, tem o hábito da leitura, que para ele é um prazer. Este é um dos grandes desafios da escola: tornar a leitura um hábito! Não apenas a leitura cobrada pelo professor, a leitura para estudar, a leitura obrigatória, mas e também, a mais prazerosa, a leitura sem compromisso. Uma das professoras entrevistadas orientou que o futuro leitor pode começar lendo textos sobre assuntos que gosta, por exemplo, se gosta de carros, que leia revistas, matérias de jornal sobre o assunto. Mas o que dizer daqueles que se negam a ler? Até

Histórias de remédios caseiros

Cada um de nós é fruto de sua época, de seu tempo. Por que digo isto? Os adultos de minha geração, entre os 40 e 50 anos, que viveram no sítio, em locais distantes de grandes centros, com certeza viveram situações parecidas com as que vou contar. Quem já não ouviu falar de remédios caseiros? Chás? Emplastros? Compressas? Todos nós conhecemos um chazinho bom pra isto, ótimo pra aquilo, não é? Quando criança, por volta de 4 anos mais ou menos, na cidade onde morávamos era comum muitos besouros rodeando as lâmpadas, fossem estas dentro ou fora de casa. Em uma noite um destes besouros, o famoso rola-bosta,   entrou em meu ouvido. Minha mãe era super atenta conosco, percebeu o fato, mas o bichinho já estava bem dentro do ouvido, o que impossibilitava sua retirada, logo ela usou o recurso comum pra época para casos como este, esquentou óleo de cozinha em uma colher, quando viu que estava em uma temperatura suportável, jogou o líquido dentro de meu ouvido, o que obrigou o besouro a sair. Um d

Sentimento de colono

Minha família é descendente de imigrantes italianos, que vieram “fazer a América”, como muitos fugindo da miséria e de guerras nos países de origem. Muitos ao chegarem no Brasil foram trabalhar de empregados nas fazendas de café, onde moravam em colônias, formadas por inúmeras casas, umas ao lado das outras, muitas delas ocupadas por famílias parentes. Meus avós, quando conseguiram, após muitos anos de trabalho em fazendas, sua terra, comprada com muito, muito suor, também fizeram sua própria colônia, onde moravam os pais (meus avós), seus filhos e noras e netos. Conforme a família crescia, aumentava a quantidade de casas, como também ia aumentando a quantidade de crianças, porque os cafezais precisavam de muitos braços, inclusive de crianças. Vivenciei muito pouco desta época, quase nada, mas acredito que tenho em mim este sentimento de colono, morador de colônia. Que sentimento é este? O sentimento de família, de querer ficar junto, próximo aos seus, mesmo que com algumas inevitáveis

Anseios

“ Meu doido coração aonde vais,   No teu imenso anseio de liberdade? ” Florbela Espanca Gosto de observar as pessoas, os comportamentos, os costumes, as mudanças, enfim a vida. Tenho observado ultimamente algumas pessoas que conheço. Namoraram muito, namoraram também muito tempo a mesma pessoa antes de se casarem, aliás na cabeça de muitas pessoas o namoro serve para se conhecerem um ao outro, penso um pouco diferente, que ninguém nunca conhece ninguém totalmente. Estas pessoas se casaram muito jovens, tiveram filhos ou não, mas os relacionamentos não duraram muito, a separação chegou, os casais se separaram. As moças se não estudaram, voltaram a estudar, voltaram as baladas habituais, saídas noturnas com amigas e amigos, festas, frases no perfil do Orkut devidamente mudadas para frases como “Vivendo a vida”, “Ser feliz eternamente” ou outras parecidas. Me pergunto: antes não viviam a vida? Quando se casaram não sabiam o que estavam fazendo?   Não estavam apaixonadas? Não estavam