No final do ano passado, 2010, fiz uma lista de
alguns objetivos para 2011. Ou algumas metas como dizem os empresários. Até
mesmo em Educação trabalhamos para cumprir metas. Atualmente a palavra de ordem
é acountability, ou em outras palavras, resultados com eficiência.
Em nossa vida particular também temos objetivos, não
tão rígidos, mas servem para direcionar nossas ações, nossa vida financeira,
planejar o futuro.
Das metas que me coloquei em 2010, esta é uma delas:
escrever e atualizar este blog periodicamente. Não o fiz diariamente, mas pelo
menos uma vez por semana (ou duas) postei um texto aqui. No início foi meio
difícil, porque nem sempre tinha tempo ou vontade de escrever ou mesmo um
assunto, mas com o passar do tempo tornou-se um hábito, um prazer. Sentar
diante do computador, pensar, refletir, digitar.
Além desta meta havia outras. Não estipulei metas
muito ambiciosas, pois provavelmente não as cumpriria, justamente por serem
muito ambiciosas, fora do meu alcance imediato. Foi uma forma também de não me
frustrar.
Entre elas estava a determinação de voltar a dirigir.
Tirei CNH em 1995 ou 96, quando comprei meu primeiro carro (usado), mas por
motivos, que não vêm ao caso, parei de dirigir. Digamos que houve uma certa
pressão externa. Isto me chateou, fui deixando para lá. Mais tarde fui
pressionada a voltar, entretanto neste momento eu me neguei a fazê-lo para a
conveniência de quem quer que fosse. Só voltaria quando EU quisesse. Na
verdade, voltei por necessidade, pois mudei-me para uma cidade menor, onde o
sistema de transporte público é insatisfatório. Cansei de ficar horas no ponto
esperando um “busão” sob o sol escaldante, comendo poeira, perdendo
compromissos, por vezes pagando para andar em pé, mal acomodada, sacolejando
feito um saco de batatas.
Realizei mais este objetivo: voltar a dirigir.
Como todo brasileiro, gostaria de praticar
exercícios, mas o comodismo falou mais alto. Agora preciso fazê-los para
diminuir o colesterol, que está subindo, mas ainda não consegui pôr isto em
prática.
Para o próximo ano não pensei bem em quais serão
minhas metas. Mas algumas coisas não realizei este ano. Queria, por exemplo,
recuperar o piso de madeira de minha sala (simples, não?), mas não consegui.
Pensei também em comprar um guarda-roupas novo. Priorizei outras coisas.
De todas as minhas metas, tenho algumas que são
prioritárias acima de tudo: ajudar minha família.
Se estou aqui, digitando este texto, usando este
computador, utilizando bem a nossa Língua Portuguesa, é porque um de meus
irmãos, quando eu ainda era adolescente, investiu em mim. Viu o meu desejo de
estudar, pagou a minha primeira faculdade. Na época, no interior, era mais ou
menos um salário mínimo por mês, fora os gastos com ônibus, apostilas.
Esta é apenas uma das coisas para ilustrar o quanto a
família é importante. Além de pagar, sempre me estimulou a estudar. Além dele,
há a minha mãe, a primeira a me “colocar no caminho da escola”, como ela mesma
diz, a ir nas minhas reuniões de pais e mestres, a sentar conosco (comigo e
meus irmãos) ao redor da mesa e acompanhar se fazíamos as tarefas. Mais que
isto, apenas com um pouco de leitura e escrita (nunca estudou em escola
formal), ela nos alfabetizou antes de irmos pra escola. Eu e meus irmãos mais
velhos fomos para o primeiro ano primário todos alfabetizados!
Acho que esta, auxiliar minha família, meus irmãos,
minha mãe, retribuindo um pouco do que fizeram por mim, é o que me deixa mais
feliz!
E você... o que faz você feliz?
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